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sábado, 22 de março de 2025

O mais célebre de todos os Urupês

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Segundo o Dicionário Aulete, on-line, urupê é um "Fungo sapróbio da fam. das poliporáceas (Pycnoporus sanguineus), que se desenvolve sobre troncos caídos e cujo corpo de frutificação é semicircular, vermelho-alaranjado; ORELHA-DE-PAU".


O urupê é bastante comum em áreas úmidas e de vegetação abundante, como matas e bosques de regiões de clima tropical. Assumindo formato de orelha, ele cresce sobre o tronco de madeira,  alimentando-se de matéria morta. Sua presença pode servir como um indicador de saúde, ou falta dela, no estado físico das árvores.

Embora tenha uma função biológica e, portanto, um papel a cumprir na natureza, o urupê se tornou conhecido e famoso no país, sem dúvida, após 23 de dezembro de 1914, quando Monteiro Lobato publicou um artigo, intitulado Urupês, nas páginas do jornal O Estado de S. Paulo.

O texto tratava sobre o caboclo, uma das raças que compunham a nacionalidade brasileira que existia “a vegetar de cócoras, incapaz de evolução, impenetrável ao progresso. Feia e sorna, nada a põe de pé”[1]. A publicação causou alguma repercussão sendo inclusive reproduzida em outros periódicos assegurando notoriedade ao escritor paulista, além de reconhecimento no círculo cultural da elite de São Paulo. Em Urupês, Lobato, fugindo da tradição romântica e ufanista [2] do início do século XX, que sob pretexto do nacionalismo, idealizava o caboclo e seu estilo de vida, adota um viés realista, denunciando o estado de isolamento das populações sertanejas, abandonadas à própria sorte pelos bacharéis da república. Em tom caricatural, ele descreveu o Jeca Tatu, doente, racialmente incapaz de progresso, que vivia a vegetar de cócoras, e nesse aspecto compara, de modo mais evidente, o homem ao fungo.  Tal como o urupê que nada produzia, pois alimentava-se da matéria que extraía da madeira, o Jeca não lavrava, não construía era o "sacerdote da Grande Lei do Menor Esforço", apenas sobrevivia, parasitando aqui e acolá, acocorava-se. 

A ideia de escrever sobre esse personagem não surgiu num passe de mágica, ela foi resultado da experiência dos anos em que Lobato morou na fazenda Buquira, no Vale do Paraíba, deixada como herança do avô, onde pode observar os hábitos do povo do interior - os caipiras.  A esse respeito, na medida em que as ideias iam surgindo elas "amadureciam, resultavam em contos maciços, carregados de sua revolta e, consequentemente, de críticas."[3]. O trabalho que marcou sua iniciativa de escrever sobre o homem do campo veio com a publicação de uma queixa no jornal, em 12 de novembro de 1914, Uma Velha Praga. Por meio dela, o autor denunciava a prática das queimadas imputando ao caboclo a autoria do delito, que devastava a natureza e trazia enormes prejuízos. Nesse texto, também utilizou o recurso da metáfora, comparando a ação do caboclo a do piolho. O parasita provocava a “pelada” no couro cabeludo, o caboclo era o “piolho da terra” que despojava o solo de sua cobertura natural com os incêndios.
Em correspondência enviada à Rangel, em 22 novembro de 1914, Lobato dava indícios do artigo que viria no jornal do mês seguinte: “Outro feto que já me dá pontapés no útero é a simbiose do caboclo e da terra, o caboclo considerado o mata-pau da terra: constritor e parasitário, aliado do sapé e da samambaia, um homem baldio – inadaptável à civilização.”[4].   

Na carta, Lobato narra a relação parasitária estabelecida entre o homem e o meio, uma simbiose, que resultava na devastação da terra pelo "mata-pau".  Assim, o caboclo, pintado nas linhas de Lobato, "é o urupê de pau podre que vegeta no sombrio da mata".[5] Nessa concepção, o Jeca era nocivo à natureza, pois ele colocava fogo na mata, arrancava a cobertura original do solo e destruía o húmus e os seus sais mineiras, aí estava, portanto, o culpado pelas desgraças locais! 
Entretanto, esse pensamento não foi exclusivo do autor, ele era compartilhado pelas elites locais, senhores de terras e cafeicultores decadentes, insatisfeitos com os infortúnios econômicos que lhes abatiam, responsabilizavam os "jecas" pelo empobrecimento da região. Sendo assim, desconsideravam o processo histórico de ocupação das terras do Vale as quais, desde o final do século XIX, davam sinais de esgotamento devido a alguns fatores, como a monocultura predatória, a falta de investimentos em novas técnicas de cultivo, a ausência de mão de obra qualificada, e a instabilidade do mercado que fazia o preço do café flutuar. Enquanto essa região definhava, outra despontava,  era o Oeste paulista, novo eixo agrário-exportador, onde havia a linha férrea, o imigrante europeu e a fértil terra roxa.



O emprego da palavra "Urupês" por Lobato, contudo, ocorreu pela primeira vez anos antes de publicar seu referido artigo. Quando ainda vivia em Areias, cidade do interior do estado paulista, atuava como Promotor público quando decidiu advogar por uma causa, "a primeira e única que se tem notícia de suas atividades como bacharel em Ciências Jurídicas."[6] Na causa, Lobato defendia uma firma, da qual o autor cobrava o pagamento de uma dívida. Foi no dia 18 de novembro de 1907, que no texto da defesa, Lobato utilizou a expressão urupê, vocábulo que lhe trará reconhecimento alguns anos mais tarde, nas razões da peça jurídica, alegando que "os absurdos (contidos nas acusações aos seus clientes) brotarão como urupês em pau podre, após um dia de chuva" [7]. Entretanto, o encontro de Lobato com essa espécie do reino fungi, provavelmente, se deu em sua infância, por volta dos cinco anos de idade, quando acompanhava o seu pai em caçadas na floresta. Seu biógrafo oficial narrou assim as impressões que a experiência causou em Lobato: "O sombrio da mata, aquêle frescor úmido, os troncos musguentos que lhe pareciam gigantescos, a cipoama enredada, o silêncio..." [8] (grifos nossos). Eis aí o primeiro contato de Lobato com a natureza, que deixou marcas profundas em sua alma tanto marcou sua obra, adulta e infantil. Mesmo quando adulto, Lobato deve ter continuado a se deparar com os urupês quando fazia incursões à Serra da Bocaina, para abater jacus, enquanto esgueirava-se entre o mato e os galhos seria possível observar a forma curiosa de uma "orelha" que crescia às custas da seiva de uma árvore. Tais encontros devem ter inspirado a metáfora e reforçado a ideia do autor de comparar a vida do campônio à daquele fungo em seus registros posteriores. 

Depois de usá-la no seu texto de 1914, a expressão foi evocada pelo escritor novamente em 1918, dando nome ao seu primeiro livro de contos, editado pela Revista do Brasil. A ideia inicial do título era “Dez Mortes Trágicas”, mas o autor foi aconselhado pelo amigo Artur Neiva, médico sanitarista, a trocar-lhe o nome por Urupês A obra se tornou uma campeã de vendas e, entre o ano de seu lançamento a 1925, esgotou 30 mil exemplares, popularizando ainda mais o autor e o seu célebre personagem - o Jeca.

Capa de 1918, ilustrada por J. Wasth Rodrigues.

O livro obteve grande repercussão, não só entre os letrados, mas também entre o meio político. No meio literário, vários escritores publicaram trabalhos questionando o "tipo" fixado pelo Jeca e criticando Lobato, acusando-o de antinacionalista [9]. Na esfera política, as reações também foram diversas e provocaram acalorados debates entre parlamentares. O deputado cearense Ildefonso Albano, por exemplo, criou o Mané Chique-Chique, que para ele era como uma "rocha viva da nacionalidade", o oposto do Jeca. No Sul, havia o Jeca Leão, figura descrita por Rocha Pombo "cheia de inúmeras virtudes e de nenhum defeito." [10] Até o oposicionista Rui Barbosa, na campanha presidencial de 1919, lançou mão da imagem do Jeca em um de seus discursos para atacar o modus operandi da república  no seu trato com o povo interiorano [11]. O fato é que o personagem literário tornou-se um símbolo da nacionalidade na medida em que logrou êxito ao se contrapor à visão romântica da população sertaneja, oriunda de uma tradição ufanista que idealizava o caipira. Apesar do personagem literário ter sido originado de "um olhar patronal, desabafo do fazendeiro frustrado e insatisfeito, ou sendo uma sátira de intenção desmistifcadora, ou mesmo as duas coisas juntas, o Jeca tatu se constitui no registro hiperbólico, mas autêntico, de facetas do caipira que não deixavam de trazer sua verdade."  (LEITE, 1996, p. 78).  Sendo o Jeca uma construção caricatural, ela serviu para desmascarar e denunciar uma forma de vida negligenciada e com costumes considerados impróprios para setores de uma elite que anseava pela modernização do país e das relações de trabalho. Mesmo que, a princípio, a reflexão proporcionada por ela se detivesse apenas sobre a apresentação do problema, sem se preocupar as causas, isso será superado posteriormente, quando o seu criador irá repensar a personagem a partir da identificação dos motivos que lhe afligiam.

Desde a divulgação do artigo em 1914, o Jeca Tatu de Urupês, passou a representar toda uma população sertaneja, interiorana, e tornou-se uma bandeira do movimento em prol do saneamento das áreas rurais brasileiras, onde grassavam as doenças que impediam o progresso nacional. Se inicialmente o caboclo era visto como racialmente inapto para o trabalho e para o desenvolvimento, Lobato mudou sua concepção do sertanejo após ter contato com as prédicas médico-científicas, em 1916, resultado da campanha do saneamento do Brasil, que diagnosticou os brasileiros como um povo doente. Por isso, seu criador afirmou posteriormente que "o Jeca não é assim, está assim", referindo-se ao seu estado fúnebre. A medicina convencera Lobato de que o Jeca era incapaz não por sua origem racial mestiça, mas porque estava "provado que tens no sangue e nas tripas todo um jardim zoológico da pior espécie. É essa bicharia cruel que te faz papudo, feio, molenga, inerte." [12]

Constatado que o problema do povo era a doença, Lobato engajou-se na campanha sanitarista, principalmente, pela imprensa, tornando público um debate acadêmico - o saneamento rural. A partir daí, usou o Jeca que virou garoto propaganda de remédio, o tônico Fontoura, depois o personagem passou à cartilha para escolas e para crianças, na tentativa de modificar os maus hábitos dos brasileiros do campo, como por exemplo, o de andar descalço,  deixando os pés desnudos em contato com a terra e vulneráveis à contaminação por bactérias. 

Almanaque do Biotônico, 1935 (Ilustração: J.U.Campos). Site invivo.

Em suma, o personagem foi transformado num instrumento de catecismo a favor do sanitarismo e do higienismo defendidos pelas elites médicas e intelectuais do país. A obra Urupês continuou a ser editada por muitos anos, reforçada, posteriormente, por produções no cinema e na televisão, o que contribuiu para cristalizar a figura do Jeca no imaginário das pessoas. Até os dias de hoje, o Jeca continua alimentando causos e estórias na cultura popular, fazendo parte de festejos e celebrações que ocorrem por todo o país, como as festas juninas, nas quais são realizadas o casamento do Jeca. 


O personagem promoveu uma associação, de forma generalizada e talvez equivocada, entre a população rural e a ignorância e ao atraso, mas serviu para denunciar o abandono e o pouco caso dos governos com a saúde pública e os sertões do Brasil. Também alçou Monteiro Lobato a um patamar atingido por pouquíssimos escritores - a aceitação e preferência do público, além de garantir sua imortalidade na literatura nacional.




[1] LOBATO, MONTEIRO. Urupês. São Paulo: Globo, 2009. p. 169.
[2] Lobato acusava os autores românticos de idealizarem e desnaturalizarem o caboclo e o mundo rural, pois esses escritores escreviam da cidade e estavam afastados da realidade do homem do campo.
[3] GARCIA, Juliana Cristina. Monteiro Lobato: contista e editor. 2013. 150 p. Dissertação de mestrado – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Literatura. Florianópolis, SC, 2013. p. 86.
[4] LOBATO, MONTEIRO. A barca de Gleyre. São Paulo: Globo, 2010. p. 293. 
[5] CAVALHEIRO, EDGAR. Monteiro Lobato: vida e obra. São Paulo: Companhia Distribuidora de Livros. 1955, p. 177.
[6] Idem, p. 135.
[7] idem. p. 136.
[8] idem, p. 18-19.
[9] É o caso d crítica do Sr. Leônidas Loiola, que escreveu "essa campanha sistemática de depreciação e ridículo do homem e das coisas do Brasil" (CAVALHEIRO, 1955, p. 207).
[10] idem, p. 211.
[11] “Senhores: Conheceis, porventura, o Jeca Tatu, dos Urupês, de Monteiro Lobato, o admirável escritor paulista? Tivestes, algum dia, ocasião de ver surgir, debaixo desse pincel de uma arte rara, na sua rudeza, aquele tipo de uma raça que, “entre as formadoras da nossa nacionalidade”, se perpetua, “a vegetar de cócoras, incapaz de evolução e impenetrável ao progresso”? Rui Barbosa. “A questão social e política no Brasil”, conferência pronunciada no Teatro Lírico do Rio de Janeiro a 20 de março de 1919. Campanha Presidencial. Obras completas de Rui Barbosa, Volume XLVI 919, Tomo I. Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Cultura, 1956, p. 63.
[12] Prefácio da Quarta edição de Urupês, 1918.

História no Cinema: Robinson Crusoé (1997)

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O filme se passa no século XVII e conta a história do britânico Robinson Crusoé, que sofreu um naufrágio.

Crusoé vai parar numa ilha deserta, sem saber de sua exata localização, e terá que aprender a conviver com desafios, privações e aventuras para sobreviver.

Solitário, Crusoé é surpreendido quando encontra um grupo de "selvagens" realizando sacrifícios humanos numa caverna de sua ilha. Ele salva um deles e daí nasce uma controvertida amizade.

A partir dessa relação Crusoé estranha bastante os costumes de seu novo companheiro, como suas crenças religiosas e o hábito de comer carne humana (ritual antropofágico).
Por conta desse estranhamento, que se origina o etnocentrismo, Crusoé batiza seu amigo de "Sexta-feira" e até o prende com grilhões, tal como os europeus faziam com os seus escravos.


Sexta-feira e Crusoé.

Enfim, o filme é uma excelente e divertida oportunidade para o professor refletir com os alunos sobre as práticas etnocêntricas, isto é o estabelecimento de hierarquias e valores entre culturas diferentes, as quais foram muito comuns no colonialismo europeu entre os séculos XV a XVII.


Confira o trailer:



Curiosidades


  • Robinson Crusoé é o principal personagem do livro homônimo, escrito pelo romancista e jornalista inglês Daniel Defoe, nascido em 1660 em Londres, na Inglaterra, e morto nessa mesma cidade no dia 24 de abril de 1731.
  • A obra de Defoe ganhou uma versão brasileira, traduzida e adaptada pelo escritor Monteiro Lobato (imperdível)!

terça-feira, 18 de março de 2025

Saiba Mais sobre Euclides da Cunha, um dos maiores nomes da Literatura Brasileira

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Euclides da Cunha (1866-1909) é um dos meus autores favoritos, sua vida é interessantíssima e também marcada por tragédias.  Sua obra dispensa comentários, os livros que publicou no início do século XX são estudados até os dias de hoje. 

Na universidade, certa vez,  ouvi de um professor o seguinte: "Brasileiro que é brasileiro tem que ler "Os Sertões". A leitura do livro é obrigatória para aqueles que almejam compreender a história de nossa formação política, econômica e social. 


Mas nesta postagem vamos destacar alguns aspectos da vida do autor para melhor conhecê-lo.
  • Euclides da Cunha nasceu numa região que pertence ao município de Cantagalo, cidade do interior do Rio de Janeiro. O distrito, onde ele  nasceu, recebeu o nome de Euclidelândia em homenagem ao escritor.
  • Foi expulso da Escola Militar da Praia Vermelha,  no Rio de Janeiro, em 1888, após protestar contra o Ministro da Guerra do governo imperial. O Ministro visitava a escola quando Euclides saiu de forma e jogou seu sabre aos pés do político. Outros colegas tinham combinado de fazer o mesmo, porém ficaram intimidados e apenas Euclides cumpriu o combinado. Naquela época a propaganda republicana era muito forte no meio militar ao passo que a monarquia era cada vez mais criticada. 
  • Em 1888, após sua expulsão da Escola Militar, tornou-se colaborador do jornal A província de São Paulo, futuro O Estado de São Paulo, órgão pelo qual Euclides vai cobrir a guerra de Canudos, deflagrada no interior da Bahia. 
  • Euclides da Cunha passou por Areias, no interior de São Paulo, viveu em um sobrado onde, posteriormente, outro escritor morou - Monteiro Lobato. Atualmente, o casarão abriga o Hotel Sant'Anna. 
Hotel Sant'Anna. Euclides da Cunha e Monteiro Lobato já residiram num sobrado anexo a esta construção. 
  • Em 1903, um ano após a publicação de Os Sertões, Euclides da Cunha foi eleito para Academia Brasileira de Letras e foi empossado membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), duas das principais instituições culturais do país. 
  • Além de escritor, Euclides da Cunha trabalhou como engenheiro na Superintendência de Obras Públicas. Entre 1898 a 1901, Euclides morou em São José do Rio Pardo, no interior do estado de São Paulo, com a missão de construir uma ponte sobre o rio que cortava a cidade. A conclusão da obra foi muito celebrada e o engenheiro foi homenageado pela Câmara Municipal.
A ponte cuja construção foi chefiada por Euclides da Cunha. 
  • O escritor faleceu após uma troca de tiros com o militar Dilermando de Assis, o qual tinha um caso com Ana Emília, esposa de Euclides da Cunha.
Correio da Manhã. Rio de Janeiro. 20/08/1909.

O funeral de Euclides da Cunha.
  • Em 1916, Dilermando matou um dos filhos de Euclides da Cunha, o qual tentava vingar o seu pai. 
  • A obra Os Sertões, publicada em 1902, foi produto das observações de Euclides da Cunha, que viajou para Canudos em 1897, como correspondente do jornal O Estado de São Paulo e cobriu a guerra do Exército contra as forças de Antônio Conselheiro. 
  • Obra póstuma: Às margens da História foi publicada em 1909, após a morte de Euclides da Cunha. Trata-se de um livro que reúne uma série de ensaios que Euclides escreveu sobre o território amazônico. Ele visitara a região em 1904, numa missão de reconhecimento.

segunda-feira, 17 de março de 2025

O fantástico mundo da Terra Média de Tolkien

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"Numa toca no chão vivia um hobbit. Não uma toca desagradável, suja e úmida, cheia de restos de minhocas e com cheiro de lodo, tampouco uma toca seca, vazia e arenosa, sem nada em que sentar ou o que comer: era a toca de um hobbit, e isso quer dizer conforto". (O hobbit).


A colina dos hobbits, seres pacíficos e adoráveis. Ilustração de Roger Garland. 

Quem não gosta de conforto e de um lar aconchegante, com uma despensa cheia de boa comida? Os hobbits são assim, pequenos seres que valorizam os prazeres da vida, como a música, a diversão e a bebida compartilhada com os amigos. Eles se juntam a outros seres fantásticos, como elfos, anões, humanos, orcs e dragões e compõe a maravilhosa obra de John Ronald Reuel Tolkien, ou J. R. R. Tolkien, como ficou conhecido internacionalmente o criador da Terra Média.




Todos esses elementos estão presentes tanto no livro O hobbit (1937), quanto em O senhor dos anéis (1954), além de outros títulos do autor.

Tolkien nasceu na África do Sul, em 1892, bem cedo se mudou para a Inglaterra, terra natal de seus pais. Nesse país, participou da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), com o fim do conflito, sua admiração pela linguística o levou à faculdade e depois à docência da língua anglo-saxã.  Seu empenho no estudo das línguas será uma habilidade fundamental para sua produção literária, na qual o autor criou idiomas específicos para suas criaturas, como, por exemplo, a famosa língua dos elfos. O escritor faleceu em 1973, aos 81 anos de idade, vítima de úlcera.


Devido ao sucesso e a importância que sua obra adquiriu, principalmente a partir da década de 1960, Tolkien é considerado o "pai da literatura  fantástica moderna". Seu trabalho foi traduzido em mais de 30 idiomas e vendeu centenas de milhões de cópias. A belicosidade de seu tempo é reproduzida em seus textos, bem como referências filosóficas, políticas, sociais e culturais da sociedade de sua época. Por isso, ele influenciou gerações de escritores, como J. K. Rowling, criadora da série Harry Potter, e produtores de cinema que levaram seus livros para as telonas, como as trilogias dos filmes O senhor dos anéis  e O hobbit, ambas premiadíssimas no Oscar.
Além do cinema, a vasta produção de Tolkien inspirou jogos eletrônicos, artigos variados, como roupas, material escolar, quadrinhos, brinquedos etc.

Pelo exposto, a leitura dos textos de Tolkien, bem como assistir aos filmes baseados em seus livros é uma atividade extremamente divertida e prazerosa.  Portanto, não deixe de conferir essa atividade cultural imperdível, corra para a biblioteca ou para locadora imediatamente!



Sabedoria tolkieniana:

"Eu descobri que são as pequenas coisas, os simples atos de bondade e Amor que tornam possível manter longe a escuridão” (Personagem Gandalf, o cinzento).



"Se mais pessoas valorizassem o lar mais que o ouro, este mundo seria um lugar mais alegre." (Personagem Thorin, escudo de carvalho)


A história dos samurais e a identidade cultural japonesa

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