A greve geral de 1917

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Em julho de 1917, estourou a Greve Geral que durou uma semana e deixou a cidade de São Paulo paralisada. Cerca de 50 mil operários cruzaram os braços e aderiram à greve, com isso as fábricas foram obrigadas a desligar o maquinário. Os comerciantes também fecharam as portas de suas lojas, faltaram alimentos e até os bondes foram atacados.

Alguns dos operários eram imigrantes italianos e espanhóis e tinham conhecimento sobre a doutrina anarquista. Eles podem ter estimulado a ação de alguns manifestantes que transformou o movimento em uma revolta violenta, com saques e depredações o que gerou confrontos sangrentos com a polícia.

A Plebe era um periódico que defendia a causa operária.

Enquanto aumentava o número de operários que aderiam ao movimento grevista na capital, trabalhadores de algumas cidades do interior do estado, como Campinas, Ribeirão Preto e Sorocaba, também paralisavam suas atividades. A greve também chegou ao Rio de Janeiro e a Porto Alegre, o que ligou o sinal de alerta das autoridades, tendo em vista que entre os operários havia adeptos das doutrinas socialistas que defendiam a revolução proletária e a igualdade social. 

  

Dentre as principais reivindicações dos grevistas estava a redução da jornada de trabalho, que poderia superar as 12 horas diárias, e melhores salários. 

Os empresários prometeram aumentar os salários e respeitar o direito de associação dos grevistas, após o acordo os operários concordaram em retornar às fábricas. Contudo, nem todas as promessas foram cumpridas e as demandas por melhorias exigidas pela classe trabalhadora continuavam sem solução    

De todo modo, a Greve Geral chamou a atenção do poder público para a necessidade de começar a discutir a aprovação dos direitos trabalhistas, os quais seriam consolidados apenas após a década de 1930 com a chegada de Getúlio Vargas ao poder.

No jornal O Estado de S. Paulo o destaque da primeira página eram os acontecimentos da Grande Guerra europeia.